sexta-feira, 15 de abril de 2011

Paz

Assim sou eu,
Metáfora viva do mundo, sou terra
Embaixo de mim(ou dentro) profundas reciclagens, revoluções, transformações...
Telas de descanso, dissimulações naturais, eu levo a paz,
E a minha paz?
A paz que eu preciso e que desvelo aos outros é o desejo que tenho pra mim.
Tenho um buraco aqui no centro do estômago e nele há sopas de elementos em profunda, intensa revolução
Telas de descanso, trago para dentro a falta de paz alheia
Aqui dentro administro isso, sou máquina de fazer paz
E faço e refaço e me esqueço de mim no mundo
Metáfora viva pelo avesso sou guerra
Pinto as paredes de vermelho e preto
Amolo as facas e as lanças,
Aponto a seta
Aqui sou um sem limites de mim
Aqui realizo o que me envergonha mas o faço
Na metade que a mim cabe e exponho as dores do buraco negro de mim
E nada entra mais e só sai
Assim sou eu, memória de extremos na eterna busca de equilibrio...
Assim alma bruta, corpo leve, corpo bruto, alma leve, novelo de espinhos, espinhos de lã...
E o que eu quero?
Não sei.

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