Senti hoje no interstício do mundo a poeira dos momentos.
Toquei a parede e senti a paz, a tristesa, a alegria, o cheiro de cada partícula que aglutinava-se nos vãos das minhas digitais...
Vi que éramos iguais, todos Dna's de momentos, eu, memória do corpo, ela, memória do lugar.
Me identifiquei com a poeira...algo que vai depositando pouco a pouco, dia após dia e vai ficando.
E vai se formando aos poucos, se moldando no friso do mundo, onde tudo o que era revolução se assenta se acalma e vai...
Hoje me senti poeira e entendi que minha rinite é identidade. É essa identidade incômoda, onde aquilo que que é força briga e as partes cedem.
Eu cedo aos alérgenos e respondo com o espirro...
E o espírito agita o ar e se deposita novamente em poeira.
E eu que havia esquecido que essa é a forma original do homem.
E eu que havia esquecido que essa é a forma original do mundo.
Sei que temos encontro marcado...
Mas sigo fingindo esquecer.
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