sábado, 2 de abril de 2011

E...



Meio de mim parte...
Partido ao meio em veias e veios abertos.
Meus sulcos exprimem a clorofila cheirosa do que é ser eu,
Do que é dor e do que é ar.
Acho que talvez até aqui é tudo que sou,
É o que consegui ser, acredito que a vida é mais do que o menos que conseguimos pensar,
E sigo trilhando meu caminho acreditando em destino, mas fazendo as estradas, pois nunca se sabe quando precisaremos voltar.
Sei que meu caminho é Doar, mas pretendo doar menos nessas proximas décadas, para que eu Viva.
Sobreviver não faz mais parte de minha jornada,
Daqui meu caminho só admite conquistas e estou preparado para elas,
Já perdi demais e agora Caracol experiente deixarei parte de mim em tudo, mas trarei bem mais de mim e do outro, porque mereço.
Sigo fodendo pedras e deixando rastros e trazendo comigo o suficente para não deixar nu o adversário, evitarei chuvas torrenciais e tempestadas e entrarei na casa tempo suficienter para não ser percebido e perseguido, sempre fui de Zélia e escolhi o fugitivo de Nessa.
Continuarei fugindo e tentarei menos estragos no caminho...
O amor não é mais prioridade para mim. Pelo menos Eros. Agora é ir seguindo, muro após muro, porta após porta, fechadura após fechadura em mundos instantâneos e o amor que derrama em meu peito guardarei comigo e cuidarei de evaporar essa água, com o suor nosso de cada dia. Darei de mim ao que me suplanta e poderei até doar meu corpo a um alheio, mas para meu prazer e só.
Meu corpo dificilmente disponível e minha alma talvez nunca mais. Terei de traçar os limites do consumo de minha vida, ter meus territórios e enchê-los de muros altos e fortes e dedicar o meu amor aos meus. Àqueles que me antecedem, os que eu represento com todo o respeito.


Assumo a lei e me dou a ela por completo. O nome dessa força é basta. O nome dessa lage é casa e me caso comigo mesmo. Hoje e sempre. Assim Seja!

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