segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Amor-Axé

Achei que o meu axé resolvia essa minha vontade de ser seu. Achei que meu axé faria você voltar e decididamente declarar: sem você não sei viver. Achei que o meu axé também pudesse fazer o contrario e te fazer me abandonar. Descobri uma coisa interessante. Axé não derruba muro e você estava lá e continua la em cima re-fle-tin-do e os raios do axé refletem e impedem do meu coração chegar a você. Meu axé me disse: A decisão é tua e sempre foi. Pintei o muro de amarelo e azul turqueza, escrevi amor em vermelho e fui por uma estrada azul-marinho de ladrilhos azuis turqueza, num caminho preto. Meu coração era colorido de esperança e um pedacinho especial era cinza de angústia porque sabia que a saudade iria doer e dói mas a vida batia vermelha em meus pulsos e um rei ergueu minha cabeça e disse levanta e anda e caminho num chão em brasas, descalço, pra não esquecer a cor da raiz. Meu cheiro é sândalo e alecrim e espalho energias multicores para quem vier...lembrando de você, vou espalhar no mundo o que cultivei daquele amor que não mais planta, mas é minha raiz e assim amando ou não estará sempre comigo e eu sempre contigo, mas no muro não encosto mais.

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