sexta-feira, 15 de abril de 2011

Luta

Luto com os meus lutos,
Todos os pretos de mim numa tela de clarão,
Morro a cada investida perdido do amor,
E a cada passo percebo o quanto o adoro, o amor.
Mas passo a passo percebo que ele está longe do concreto
Ou me distancio do mundo?
Me joguei um milhão de vezes no abismo do amor
Lutei, resisti ao hábito clichê de renegá-lo como se não existisse,
Mas sempre acreditei naquilo que sinto e no que me dói e compraz.
Me feri e me firo um milhão e meio de vezes
Na teia de arames, na esteira de espinho e lambo o sangue que escorre em mim
Meu rosto, minha pele, minhas entranhas, meu falo,
Bebo do sacrifício que é desgastar-se pelo maldito ritual do amor
E assumo os meus riscos
E sigo a estrada
Pra rua me levar.

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