sexta-feira, 13 de maio de 2011

Meu professor de sensações

À Chico Cesar.
 
Hoje lembrei de você com saudades de mim
Quando ao ouvir você através de um espelho dágua
Descobri que sei te reconhecer,
Dono do dom,
Nem clássico, nem roots
Nem mangue beat, nem bossa
Nem Europa, nem África, Nem Brasil
Minha licença poética, primeira paródia
Acho que me forjei em você
Onde eu vi o espelho e me referenciei
Reverencio minha mãe nas suas letras
Cosmopolita regional
Homem de poucas palavras, mas com o peso certo
Nem isso, nem aquilo
Nasceu meu romantismo ali,
Flor de Mandacaru,
Minha vida...
Nessa sua poesia-prosa tão louca, tão propria, tão plural
Cabelo de mangue, cabeça e voz,
Emprestimo de dois: Palavras duras, veludosas vozes.
Ai! Chico. Ai! Cesar.
Você me faz sentir mais George e mais Mário.
Me faz saber que há sentido numa descombinação de nomes,
Somos parecidos,
Meu amado, seu dom é de microfonia
O meu e sentir, intersentir, interpretar e faço isso com minha pele
desde antes de te conhecer, de me reconhecer, me reconheço por ti.
Te quero eternamente em minha Playlist, mesmo que não me conheça,
Só porque tem que ser assim.
Só por Isso.


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