Encontrei uma flor, seu nome Maíra, uma índia de mãe com descendência cigana. Maíra existia firme dentro de corpo difícil e tinha aquele jeito de balbuciar tudo. Mas com eloqüência de um orador.
E fui me aproximando e reconhecendo os signos.
Aprendi uma linguagem interessante, uma que é em silêncios(tempos depois descobri que a pausa é a dona do som com certa entidade da qual respeito todas as homonímias)aprendi anos antes com uma parte de mim a minha parte mais calada que guardo com carinho. E estava na linguagem de Maíra, percebi que entendi sua freqüência e o riso foi fácil e via sua alma, antes do corpo.
Beijos estalados, fofa!
P.S.: Maíra é uma menina especial que encontrei numa clinica. Portadora de uma má-formacao congênita, não-identificada e mais uma criança tratada com o procedimento de paralisia cerebral.


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