E quem sou eu nesse sem-fim de mundo cheio de outros?
Quem sou eu?
Onde o mundo é infinito e a infinitude persiste...
Propriedade privada de todos a quem meu coração toque.
Esse imponente salão de vidro onde ciclicamente
recebo o querer bem, me machuco
e insistentemente
refaço a resina e ensaio reconstruir
a inocência da infância.
Esse castelo de areia que construo dia apos dia
e encho de ouro
e vida
e fartura
e que apresento a quem me cativa.
E quem sou eu nesse mundo?
Meu coração ao qual todos vocês pertencem e são pertencidos.
Todos a quem amo
Filho do amor.
Sou rio, contorno a pedra
deixo parte de mim nela
mas levo a maior parte
desembocando às vezes numa mata com bambuzais.
Filho do amor.
Sou no amor
esse é o meu caminho.
Osun,
Odé,
Oyá
Xangô
Esu
Extremos de minha luz verde.
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