domingo, 19 de junho de 2011

Traços


Traço caminhos pelas páginas, defino e redefino trajetórias, sintetizo... 

Ressignificado ou relido, reproduzido ou reinterpretado, não deixo marcas no caminho ele é que me marca e eu amo isso. 

Na realidade clamo por isso e repito o ecoar de um canto distante, mas que em minha memória de corpo, de alma e de pele são vivos... tem cheiro de mato, rio, terra e mar. 

Sou o próprio fogo cortado em ventos...sou a brisa no tempo que me faz refletir sobre o que e a quem represento ou quais. 

Meu grito vai ao meu mil-avô e a luta incessante não me cansa. De onde venho há um poço sem fundo e quanto suspeita-se secar ele brota mais forte a cada dia. 

Traço os caminhos, devoro-os, me esfrego neles para me deixar neles, marcar o meu lugar. O determinismo não tem vez...traçadas linhas, mal-traçadas...erros eternos de vírgulas e acentos, 

Assentos errôneos e ilegítimos, não estou nem aí para vocês, entenderam? 

Sei quem eu sou e repito! Sei quem eu sou! Não permitirei que me tornem senso comum. Sou incomum ouviram? 

In-co-mum! 

E meu caminho é vencer.

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