domingo, 19 de junho de 2011

Final de tarde de sexta-feira, tudo bem com você?

Foi neste dia...
Mudo os caminhos para não me esquecer das novas possibilidades, reinvento todos os dias as trajetórias
Ah maldita inconstância...sem a vontade de procurar algo que não sei se vou encontrar, sede de novidades
Mudo os caminhos e fundo novos limites, nesses dias as febres são diferentes das outras e tudo me dói e me chora.
Minha saudade morava nos olhos colegiais, numa barraca, simples, pequena, rodeada por obstáculos de barro.
Nuvens de ônibus e carros, hordas de zumbis fone-maníacos, febres hi-tecs, minha Nossa Senhora de Taiwan e dos dois, três, doze milhões de chips me salvem!
Continuo estrangeiro, também sou zumbi.
Os olhos colegiais me lembraram que sou um "Zumbi" diferente. 
Bananeira queimada, o que me fez? O que eu te fiz?
Água de flor me abriu.
Pamonha!
Sim. Havia uma barraca de pamonha no meio da passarela, no meio da passarela tinha uma barraca de pamonha.
Como que ostentasse um prêmio sequestrei o quitute e corri para o bondônibus.... 
Sim estava no meio do caminho...
Estava na minha infância....
Menino vá na barraca de Dona Biléu e traga dois charutos, uma pamonha e aperte o dinheiro para não perder e o troco de quebra queixo para você...
Ah voinha! Eu nunca perdi o dinheiro! E essas lembranças...
Pamonha nas mãos cori para o ônibus e vi, minhas mãos quase me fizeram chorar. Dinheiro apertado nas mãos, dinheiro apertado contra o peito. 
Saudades do tempo que não existia o capital de plástico, Sim eu ainda apertava por instinto, ainda sou infante....
Homem de barba na cara me lembrava da mania adquirida na infãncia e que me perseguia adulto.
Dinheiro apertado na mão...
Como um fugitivo desci desesperado a compartilhar com minha mãe.
Trouxe pamonha e sua alma sorridente me fez voltar mil anos, me fez sentir o cheiro de terra da casa de minha avó das brincadeiras, da inocência, do meu amor pelos idosos e sábios.
Prendo os lábios, não vou chorar!
Solto as lágrimas a rolar em minha face exercendo os traços do que não perdi...
Esse é o meu troféu. 
As lembranças...
O sentir preso na linha do tempo

4 comentários:

  1. Geo,
    Vc me fez relembrar bons momentos de convivência com minha querida e saudosa mãe!
    Te amo hoje e sempre!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. RelembRar é necessário : Permite- nos Regressar à essêNcia...

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