domingo, 20 de março de 2011
Tons
Tons em amarelo, num dia azul. Um dia de profusão de cores. Qual a cor que em mim abre as portas? Qual a cor que me inaugura e me lança dia a dia nessa caçada diária sem fim? E qual o fim? Será que há fim para todos os começos? Começo a pensar que cada fim é um novo recomeço e reco(mé)ço...O que me inaugura? Por muito tempo pensei que era o amor ao próximo. Depois pensei que era amor aos meus pedaços espalhados pelo mundo, partes de mim, daqueles que me provaram e têm o gosto bom na boca, mesmo tendo provado o meu fel. Não. Seria um tom entre rosa e vermelho. Mas não. Depois aos poucos e não sozinho percebi que tudo começava por minha vontade, meu ego, não há amor ao próximo e sim aos meus padrões. Isso me deu uma angústia profunda como a um crime, me amar acima de tudo. Daria o preto então, mas descobri que a minha cor tinha que ser algo duvidável, bem em cima do muro, tipo Ciano, Roxo, Verde, sei lá. Minha cor não sei, mas minha coisa é a dúvida.
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