Seis vezes a medida da direita
seis vezes a medida da esquerda
uma decisão
Xangô
Não há pendor, balança equilibrada
Me cavalga meu pai
Quero meu corpo forte para me carregar com seu axé
Para carregá-lo, cavalo que sou
Kaô, Kaô
Meu pai gritou na minha cabeça
O jogo fechou
E ali só a justiça pairou
Silenciosa, solene, forte, como se depois de um trovão
junta-se os cacos e o caos dos seus Kaôs fez a dúvida em pedaços
Construída agora sob a sua ótica, honesta, justa, gozadora
Kaô meu rei corta com seu machado as pedras e lança meu pai
Lança no meu destino
Seja, como senti hoje, eu e você
Dono de meu Odu
de meu ifá...
Pai deitarei um milhão de vezes a cabeça no chão
porque você grita agora na minha cabeça
Que hoje é benção e salvação.

Nenhum comentário:
Postar um comentário