quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Kehinde sou eu!!

A estranha vida nos faz passar por percursos estranhos, asim como é estrano o curso do rio que como lesma faz suas marcar para que os seus passem. Aquela agua que nunca será a mesma mas é parte de um todo ritual. Um fio que liga a ancestralidade mesmo perdida. O contato com Aruanda, orum no ayê. Quero um rio. Encontrar meu lado rio que me liga àquela que não conheço mas eu contenho. Kehinde você me tocou tanto. Ana vc me interpretou em Kehinde. Ai meus abikus, meus ibejis, meus ancestrais, minha mãe. Sou Salvador oitocentista, sou representante d'África e sou Caboclo também e como rio, sigo e trago atrás adiante e atrás de mim continuações e muito axé

terça-feira, 8 de novembro de 2011

CHORO

Choro

A vida segue e encontra vidas q seguem conosco

quando nos deixam, a vida se torna vidas

Minhas vidas seguem e as vezes o encontro do que fui, sou e estou sendo

que me solavanca e me desestrura

o desnível do piso que sobra

o desencaixe de peças que clamam por se juntar

é preciso chorar

as mudanças

o pós-parto

a dona do corpo

a carne repuxando violentamente

mostrando as feridas, todas elas cicatrizando


choro para ter, reter e rever


choro para crescer

choro quando quero abençoar meu corpo, com agua e sal

choro é banho

divide as águas

media os desníveis

que venham novos choros

que venham novas vidas

e que a lagrima brinde

a minha vivência

porque já sou sobrehumano